quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Benefícios de ruas, avenidas e calçadas arborizadas

Você sabia que uma árvore de grande ou até mesmo de médio porte é capaz de absorver uma grande quantidade de gases poluentes?


Tenho quase certeza que sua resposta foi sim!

Devido os escapamentos de carros e caminhões, gases como o dióxido de enxofre e óxidos nitrosos provocam um impacto negativo para o meio ambiente. Já foi comprovado que cidades mais arborizadas, possuem até 60% menos de partículas de poluição em relação a cidades com pouca ou sem a existência de árvores. Além dessa contribuição citada, a arborização é determinante também para a redução da temperatura, pois com a ausência de árvores, a sensação térmica fica elevada, e com a presença das mesmas, há uma acentuada redução na temperatura.

Veja a seguir duas imagens que podem ilustrar bem o que esta sendo abordado nesta publicação:


A imagem acima ilustra a ausência de árvores e mostra as temperaturas dos edifícios e da Av. Eduardo Ribeiro no Centro da cidade de Manaus. Já na imagem a seguir, as temperaturas diante a presença das árvores é bem mais baixa, os prédios tem temperatura menor em relação a da primeira imagem, a rua e a calçada também apresentam uma enorme variação, causando um impacto positivo para o meio ambiente.



Sendo assim, a temperatura das cidades com certeza sofre impactos positivos ou negativos, dependendo da quantidade de árvores plantadas. A sombra das árvores chegam a reduzir a temperatura do asfalto em até 2°C, e do interior dos carros em até 8°C. Portanto as árvores desempenham um papel importantíssimo para a melhoria da qualidade de vida da sociedade e do meio ambiente.



quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

Paisagismo e Intervenção Urbanística: Campus Laranjeiras da Universidade Nilton Lins


O presente trabalho teve como proposta planejar o espaço urbano do Campus Laranjeiras da Universidade Nilton Lins, inserindo um novo sistema de infraestrutura e mobilidade urbana, acompanhado de um masterplan paisagístico. Além de desenvolver melhorias no tráfego de veículos e na circulação de pedestres, organizando, assim os espaços existentes com a nova infraestrutura.
Outro ponto a destacar, é em relação à falta de espaços de lazer contemplativos e recreativos, áreas esportivas e percursos para caminhadas compondo um novo paisagismo.
A escolha do tema ultrapassa a ideia de desenvolver remodelações e infra-estruturar o campus, o objetivo também é de humanizar, já que se trata de uma área privada, porém, bastante utilizada por um público diversificado.

Maquete geral - Proposta da nova área do campus laranjeiras, na Universidade Nilton Lins.

A área escolhida para a proposta do Projeto de Intervenção Urbana fica implantada no estado Amazonas, município de Manaus, Bairro Flores, Parque das Laranjeiras, na Avenida Professor Nilton Lins, aonde fica a Universidade Nilton Lins. O local compreende 1.122.697,42 m², sendo 301.407,40 m² de área total construída.

Perspectiva acesso principal, campus da Universidade Nilton Lins.
 O projeto de implantação buscou desde o primeiro estudo realizado, desenvolver um novo sistema viário, para melhorar a circulação dos veículos dentro do campus, com ruas pavimentadas e sinalizadas, além de um projeto com propostas de calçadas largas e arborizadas, para o percurso de caminhada e acesso de pedestre.

Perspectiva geral - Espaço aberto e área contemplativa.

A humanização ao lado das edificações existentes e das áreas propostas, foi o ponto mais visível de todo o projeto, que teve como objetivo propor nas áreas de lazer e convívio, espaços agradáveis para se vivenciar. Por isso, foi projetado no trecho do Igarapé do Bindá, um parque linear, com mobiliários urbanos, novos pontos de iluminação, e passeios largos convidativos a serem percorridos. As árvores existentes permaneceram e novas arborizações foram plantadas para a composição de um lindo paisagismo. 

Perspectiva - Parque Linear do Igarapé do Bindá, área para caminhada.

Espaço contemplativo, Parque Linear do Igarapé do Bindá.

Área recreativa, espaço aberto, composto por um novo paisagismo e ciclovia.

Área de contemplação e espaços verdes, composto por novo paisagismo e ciclovia.

 Tais espaços criados se configuram como uma mistura de áreas verdes, praças secas e caminhos seguros, ofertando locais de convívio, pontos de encontro e amenização dos grandes circuitos de entrada/saída do Campus, trazendo aos usuários (alunos, professores, funcionários e visitantes) novos pontos de referência além da arquitetura dos blocos.

Espaço contemplativo, Parque Linear do Igarapé do Bindá.

O projeto também contempla uma nova arquitetura, por isso, o projeto Café Galeria foi desenvolvido para ser um marco na paisagem e compor o programa de parque e humanização do campus. Sua arquitetura singela com curvas sinuosas projetando-se uma cobertura leve e minimalista, de concreto aparente composta por um telhado verde, possui uma área de 488 m² e foi implantado na Rua A, próximo à entrada do auditório Nina Lins, em frente ao Parque Linear do Igarapé do Bindá.

Café Galeria, no campus da Universidade Nilton Lins.
Café Galeria
Um dos mobiliários urbanos escolhido para compor as áreas de convivência, foi o parklet, que funciona como áreas contíguas as calçadas, é um sistema que são locados junto as vagas de estacionamentos, buscando criar espaços sociáveis para pedestres ou ciclistas, como apresenta a imagem logo abaixo:
Parklets, no campus da Universidade Nilton Lins.
Assim, como os bancos distribuídos nas áreas de sombreamento, no passeio do Parque Linear do Igarapé do Bindá, e próximos as praças, dos espaços abertos, foram espalhados também, lixeiras com coletas seletivas e lixeiras com coletas não recicláveis, com objetivo de conscientizar os usuários a manter os espaços abertos sempre limpos e preservados.

Área de passeio, Parque Linear do Igarapé do Bindá.

Espaço aberto, pérgulas e mobiliário urbano.
 
Área de caminhada, composta por novas calçadas e arborizações.


Projeto final de graduação - Universidade Nilton Lins, Manaus-Am
Autoria: por Bianca Beatriz da Silva - formada em Arquitetura e Urbanismo, no ano de 2018.
3D Renderização: Raízes Arquitetura




segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

História do Igarapé do Mindú

É o principal igarapé de Manaus, cortando toda a zona leste da cidade, passando pelas ruas/avenidas Paraíba, Recife, Djalma Batista e Constantino Nery, juntando-se ao Igarapé dos Franceses, formando a Cachoeira Grande (São Jorge), depois, se junta ao Igarapé do Franco, formando o Igarapé de São Raimundo, desaguando, em seguida, no Rio Negro.
Estima-se que cada quilômetro quadrado da Amazônia Central contenha de 2 a 4 km de igarapés, o que torna essa rede hidrográfica a mais densa do mundo.



Prédio, que era a sede da casa de banhos do balneário do Mindú no Parque 10. Foto: Antônio Lima.


 Imagem do córrego do Igarapé do Mindú no Parque 10. Foto: Antônio Lima.

Consequências

      Crescente e Intenso desmatamento
      Invasões de Áreas próximas á córregos.
      Despejo do esgoto da cidade nos Igarapés.
      Falta de Politicas Públicas.
      Destruição de Habitats.
      Alteração na qualidade do solo e da água.
      Redução da Biodiversidade.


Até quando os nossos rios e igarapés serão transformados em lixo?! O que um dia foi um espaço de lazer, um lugar para tomar banho e de diversão para muitas famílias e amigos, hoje está coberto de muito lixo e odor. 

Não jogue lixo na rua! Não faça parte dessa história suja, faça parte da história limpa!

"A sociedade produz as metrópoles, as conurbações, cidades industriais, conjuntos habitacionais. No entanto, fracassa na ordenação desses espaços"(LE CORBUSIER, 1983, p.3).

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

A mudança começa dentro de você!


Um exemplo de inciativa: O repórter conhece e ajuda o ativista James Kendall a retirar lixo de rio poluído em Hanói. Vale a pena assistir!

O ativista James Kendall teve a ideia de começar um projeto de despoluição no rio na cidade de Hanói. Sua iniciativa alcançou uma visibilidade positiva, chamando a atenção do público, causando um impacto ambiental enorme, atividade essa que chamou a atenção do Governo da Cidade e graças a essa iniciativa permitiu surgir uma proposta  de projeto para aquele lugar que se encontrava totalmente degradado, poluído e esquecido.

A mudança começa dentro de você, de que forma você vem contribuído para melhoria de sua cidade?
As vezes é preciso só dá um passo inicial, uma ideia pode mudar tudo!

terça-feira, 12 de setembro de 2017

O surgimento do urbanismo e as propostas de solução para as cidades!


O planejamento surgiu como uma resposta aos problemas enfrentados pelas cidades, tanto aqueles não resolvidos pelo urbanismo moderno quanto aqueles causados por ele.  A expressão “planejamento urbano” vem da Inglaterra e dos Estados Unidos, e marca uma mudança na forma de encarar a cidade e seus problemas.
“Olá, meu nome é Oliver! Eu nasci em Essex, uma cidade rural no sul da Inglaterra, e morei lá até ter 11 anos. Aí meus pais resolveram vir para Londres em busca de emprego, pois nas cidades maiores tem muitas fábricas agora. Não temos muito dinheiro, então fomos morar em um cortiço, bem longe do centro. Lá, e no resto da cidade também, sempre tem mau cheiro da água suja que as pessoas jogam na rua, resto do banho e de outras coisinhas também... Eu demoro a tomar banho, pois é difícil conseguir água limpa. Nem ligo muito, pois chego cansado da fábrica de tecido em que trabalhamos (eu, meus pais, meu avô e meus cinco irmãos), depois de trabalhar mais de 10h por dia. Mas meu avô diz que ainda é melhor que trabalhar nas minas. Chego tão cansado que nem noto que durmo em um colchão com mais duas de minhas irmãs e nem sinto muito o frio, pois não temos aquecimento. No verão, aí vem o calor, pois só tem uma janela na casa de três vãos em que moramos. Talvez por isso que, de vez em quando, vem uma doença e muita gente fica mal no cortiço, às vezes até morrem, como o marido da minha vizinha, e sai se espalhando na cidade inteira. Só é bom morar lá porque é perto da fábrica, pois quando temos que ir às lojas do centro, cansa muito ir a pé, além de que voltamos sujos de lama, pois a maioria das ruas não é calçada. Acho o centro feio, os prédios ficam uns por cima dos outros, e as ruas são tortas, me perdi já uma vez. Não tenho muita coisa pra fazer no meu pouco tempo livre, pois nem tem parque nem praças pra brincar na cidade. O que poderia mudar pra essa cidade ficar melhor?”
Infelizmente o que aconteceu com Oliver tem muito haver com o que acontece atualmente com nossa cidade. Isso ocorre quando muitas pessoas passam a morar em um ambiente que não está apto para isso. A industrialização como atividade econômica revolucionou o processo de urbanização, com a passagem acelerada do mundo predominantemente rural para o urbano. Esses problemas não são de hoje, urbanistas do século XIX já se preocupavam e procuravam solucionar esse caos que chamamos de “cidade”.
PRINCIPAIS URBANISTAS DO SÉCULO XIX
·         Ildefonso Cerdá: Barcelona/Espanha – 1855;
·         George Haussmann: Paris/França – 1853 a 1870;
·         Arturo Soria y Mata: Madri/Espanha – 1883;
·         Tony Garnier: Lyon/França – 1901;
·         Ebenezer Howard: Letchworth (1903) e Welwyn (1919)/Inglaterra.
PRINCIPAIS PROPOSTAS URBANÍSTICAS DE SOLUÇÃO PARA AS CIDADES DO SÉCULO XIX
·         A rua deve fornecer redes de infraestrutura – Cerdá;
·       Ao centro de uma imensa rua haveria toda a infraestrutura necessária para a cidade – Sorya e Mata;
·         Preocupação com a salubridade - Garnier
·         Possibilitar a melhor aeração e iluminação das casas - Cerdá;
·         Eliminar a insalubridade e a degradação dos bairros, através da ventilação, do acesso à luz e da arborização – Haussmann;
·         Todas as habitações devem estar nas mesmas condições - Sorya e Mata;
·         Áreas verdes entre as casas: trânsito de pedestre fora das ruas – Garnier;
·       As esquinas dos prédios são chanfradas nos cruzamentos, permitindo melhor visibilidade e criação de pequenas praças com comércio e lazer – Cerdá;
·         A cidade linear permite contato direto com campo - Sorya e Mata;
·        Projeto de um parque público com 58 hectares e com o Palácio de Cristal, que serve como abrigo para dias chuvosos, venda de produtos, jardim de inverno e um conjunto de exposição permanente – Howard;
·         O sistema de transportes é elemento fundamental para funcionamento da cidade – Cerdá;
·         Cidade linear: evita o trânsito – Sorya e Mata;
·       Destruição de 20 mil casas para construir outras, novos parques e vias largas – Haussmann;
·         Distribui parques, indústria, comércio e residências de forma equilibrada – Cerdá;
·   A proposta previa claramente a separação das diferentes funções da cidade: trabalho, habitação, tráfego e recreação – Garnier;
Os problemas existem, mas as mudanças precisam acontecer!
O que podemos fazer para melhorar nossa cidade?
Deixem seus comentários, juntos podemos propor soluções para nossa cidade!

domingo, 10 de setembro de 2017

Parque Residencial São Raimundo e Parque Rio Negro, Manaus-Amazonas.





O bairro São Raimundo, Manaus-AM passou por uma intervenção do Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus (Prosamim III), sendo contemplado com duas obras de grande importância socioambiental: o Parque Residencial São Raimundo e o Parque Rio Negro. 

As famílias que moravam em área de risco foram relocadas para o Parque Residencial São Raimundo e o Parque Rio negro, dotado aproximadamente 37.000 m² de área urbanizada, localizado na orla do bairro, é considerado o novo cartão postal da cidade e conta com ambientes voltados à cultura, lazer e práticas esportivas.

sábado, 9 de setembro de 2017

URBANISMO! Uma breve introdução..



O vídeo "BEYOND: Memoirs in a Timelapse", de Beno 
Saradzic, captura 2 anos de  transformações urbanísticas em Abu Dhabi e Dubai.


URBANISMO

Definição:
- o saber e a técnica da organização e da racionalização das aglomerações humanas, que permitem criar condições adequadas de habitação, que permitem criar condições adequadas de habitação as populações das cidades. O modo de vida característico das cidades.


Urbanismo é uma disciplina e uma técnica relacionada com o estudo, regulamentação, controle e planejamento da cidade. Sua definição varia de acordo com a época e lugar. As cidades são “objetos” a serem estudados para depois serem trabalhados. O urbanismo mostra-se, portanto, como uma ciência humana, de caráter multidisciplinar, inserido no contexto de uma sociedade em processo de constante crescimento demográfico e respondendo a uma forte pressão de civilização e urbanidade, enfrentando suas demandas e problemas.
O urbanismo deveria ser entendido como um conjunto de práticas e ideias. Onde cada estudo deveria apresentar seus problemas e gerar soluções. A matéria prima do urbanismo é arquitetura, tendo ligações também com outras disciplinas como a ecologia, geologia, geografia e outras ciências.
Toda cidade precisa ser estudada, pois é através do conhecimento que podem ser compreendidas. Como nasceu, como se desenvolve, qual sua felicidade e tristeza, como funciona sua economia, quais seus limites e potencial geográfico, tudo isso gira em torno do urbanismo.
Quero hoje te desafiar, te proponho a se interessar mais sobre o assunto, onde juntos podemos debater, apontar os erros de nossa cidade e em seguida propor soluções. Meu objetivo é apresentar a vocês a simplicidade do urbanismo que para muitos hoje em dia é tão complexo.